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sexta-feira, 27 de junho de 2014

Mais uma vez, retomando a nossa conversa!

Oi gente!

Eu sei que tenho sido uma péssima companhia nessas nossas conversas. Ora escrevo por uma semana seguida, ora dou uma sumida. É que eu vivo a vida em todos os seus momentos e há alguns deles que por força das circunstancias da vida me exigem parar tudo. Gosto deles! Eu confesso…

O que mais gosto em ser mãe é que tem seus momentos surpreendentes. Muitas vezes são difíceis, outras horas são bons por demais pra deixar passar. Eu não sei se isso ocorre com outros pais e mães, mas há dias em que você é surpreendida por um banho de amor no seu cérebro e tem vontade de só apertar e abraçar as coisas fofas!


Esta semana eu estava pensando que, embora tenhamos um elo com nossos filhos desde o nascimento, parece que o amor se fortalece nos cuidados diários. É por isso que amar é mais que sentimentos e  afeto. Ele se alimenta do cuidado e da ação, mesmo quando esta não é agradável. Tenho aprendido que se você esperar amar sua família com base em seus sentimentos, vai logo fracassar. Se você começar a agir com o coração aberto para eles, mesmo quando queria estar debaixo das cobertas, há uma forte chance de que se implante o amor. O amor nasce do gesto!
Estava pensando em mães que acabaram de ter seus bebês e que por conta do caos que se instala nos primeiros dias têm a sensação que não dão conta ou que ser mãe é pesado demais. Sim, você pode desenvolver leveza no cuidado com os filhos, mas há sempre aquelas tarefas que nem sempre são gratas. No entanto, parece que elas tornam o amor mais forte. Comigo é assim! Você descobre que limpar o bumbum sujo não é só isso. É uma boa hora pra conversar com  a pequena e ver aquele sorriso faltoso, como diz meu marido, e aquele balbucio que dá gosto ao cuidado. Você começa a desenvolver um ritmo só seu com seu filho ou filha e nasce a cumplicidade do olhar, das trocas, do ritmo comum, do conhecimento mutuo. Sim, porque não somos só nós que os conhecemos; aos poucos, eles também passam a nos conhecer.  Na hora do banho, aquelas batidinhas na água molhando sua cara e a risada gostosa fazem você ver quão bela a vida pode ser em momentos tão fugazes. No caso da minha, o apetite e alegria ao ver o pratinho com aquela papinha caseira feita na correria, mas com carinho, dão o tempero à correria do dia . A cumplicidade com o irmão e aquela comunicação que só eles sabem desenvolver fazem você parar e assistir como se fosse um filme profundo e empolgante. Uma vez eu li um texto em que o autor dizia pra desligar a TV e assistir ao seu bebê, pra mim  há horas em que faz todo sentido. Dia desses, confesso, acordei de mau humor de tanto sono, mas quando peguei minha Bia que gritava no berço correndo o risco de acordar o irmão que divide com ela o quarto, eu vi aquele sorriso lindo, as duas mãozinhas pra cima me chamando e quando a peguei não tive como não entrar na festa que ela iniciou.

Então, tem por aqui  um pequeno na primeira infância que está descobrindo tantas coisas e você acompanha. Cadastra insetos, procura vídeos de baleias e peixes, faz cabanas na sala com as almofadas decorativas, improvisa uma savana africana em que você é uma leoa imaginaria  e brinca de pique-esconde e pega-pega com ele com a bebê nos braços. A cada nova conquista dele, que torna palpável seu desenvolvimento, você inevitavelmente nota que seu menino está crescendo…se sente velha, mas também feliz e ao mesmo tempo saudosa de outros tempos em que ele era só um bebê engatinhando pela sala e achando tudo que você não quer que ele ache. Desculpem-me se olho pra tudo com um enviesamento romântico, mas é que não são só as gripes, as adenóides, e a correria que me faz esquecer o mundo lá fora. Tem momentos aqui dentro tão corridos e tão sublimes que eu não consigo parar e escrever, apesar de gostar muito desta atividade e dela me dar um momento comigo mesma. Tem tanta vida a ser vivida com os meus, tantos momentos singelos em sua beleza pura que eu esqueço que tem um mundo lá fora.

Tem tempos que eu paro porque a correria, as doenças, os aperreios (dito num bom linguajar da minha terra) me param, semana passada foi assim, com as crianças doentes. Mas há horas que sou parada pelo amor e pela alegria de habitar em família e de ter dois lindos filhos e um marido que amo e não quero perder de vista, nem deixar de viver com eles para viver olhando a vida alheia ou o que ocorre pelo mundo. Não vou ser hipócrita, tem semana que você ora pra que passe, tem dia que parece que  é pesado, mas tem umas horas que me fazem parar só pra olhar a beleza da vida. Esta semana foi bem assim…hoje resolvi tirar a poeira do teclado e voltar a ativa. Estou preparando novos posts para partilhar  por aqui. Com a graça de Deus, espero voltar em breve!




Um abraço a todos,
Ana

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Protejamos nossos filhos

Uma constatação materna:

Cada vez mais, crianças instruídas por pais realmente cristãos que lhes ensinem o valor da piedade serão vitimas de zombaria e humilhações por parte de muitos coleguinhas, até mesmo em círculos cristãos. Não é discurso alarmista. É fato! Nas escolas isto é constante. Muitas mães me contam isto na informalidade. Professores inescrupulosos que apontam o dedo a crianças cristãs e as constrangem, além de muitas outras ações absurdas que devemos, sempre que possível, denunciar para expor a hipocrisia de quem muitas vezes nos atribui o título de intolerantes, sem sequer saber quem somos! Também, obviamente, para proteger nossos filhos.

Além disto, mesmo fora das escolas, crianças entregues a si mesmas, sem limites e que são presa fácil da ideologia vigente fazem ou farão, em algum momento, nossos filhos se sentirem estranhos e não pertencentes à realidade. Não somos só nós pais que sofremos, eles também! Desde pequenos serão desprezados e envergonhados em público por crianças que vivem da falta de amor e prioridade dos pais e que têm a cabeça cheia de ideias consumistas que situam o ter no lugar do ser, falta de boas maneiras e tantas outras características que qualquer criança pode apresentar, mas que pais atentos corrigem, enquanto outros sequer notam…
Por isso, o quanto pudermos, sugiro humildemente que imunizemos a mente e o coração de nossos filhos:
- Ensinemos a eles que são muito amados: por Deus, por seus pais, seus irmãos e parentes! Digamos isso de fato! Também façamos que sintam isso!
-Ensinemos a eles que o que os torna especiais não é ter o último lançamento das bonecas Monster High (misericórdia!!!), nem trocar de mochila e tênis a cada semestre. Eles são especiais porque foram feitos de forma única e grandiosa por Deus  (Sl. 139) e porque custaram o sangue precioso de Jesus Cristo (Jo 3.16).
- Ensinemos a eles que nem sempre serão amados por todos e que precisarão lidar com isso, e mesmo assim pedir ajuda ao Senhor para não odiar ninguém. Que saibam que quando não souberem lidar com um colega que zombar de sua fé, de sua forma modesta e sem sensualidade gritante de vestir, de seu biotipo (ser gordo ou magro, alto ou baixinho, etc.), deficiência, ou o que seja, podem procurar ajuda da mamãe e do papai. Pedir ajuda nunca é feio. Quem diz que é, é porque não sabe a alegria que é ter um colo quentinho pra chorar.
- Ensinemos que as coisas valiosas da vida são invisíveis aos olhos e na maioria dos casos não podem ser compradas com o vil metal. Que saibam que um certo conforto é bom, mas não é tudo.
- Se você deixou de dar algo a seus filhos porque trabalha menos para estar com eles e eles se mostrarem tristes por não ter aquele apetrecho, explique que você trocou o dinheiro de poder comprar aquilo por poder estar com ele e compartilhar seu amor. Se não entenderem, não se abata, diga que há coisas que ele ou ela precisa e não sabe, uma delas é a mamãe e o papai por perto. Se você precisa de um horário integral de trabalho peça a Deus que os guarde, acompanhe-os o máximo que puder e gaste todo o tempo que lhe for possível  com eles.
- Ensinemos também a eles que não se constituam juízes do mundo. Que rejeitem as más companhias (Sl. 1), que não zombem e tentem não achar o mal e a maldade engraçados (Pv 14.9), mas que saibam que são falíveis e que olhem sempre para si, antes de avaliar o outro. Que Eles saibam que devem rejeitar as más atitudes mas orar por aqueles que procedem mal e, antes de tudo, rejeitar o mal que pode querer dominar suas mentes e vida. Isto é uma escolha (Gn 4.6-7).
-Ensinemos que quando errarem e confessarem o erro podem gozar do perdão de Deus e do nosso. Que não são infalíveis e não precisam fingir que são. Que Cristo está ao nosso lado e que intercede por nós e que pode sempre nos ajudar a vencer o mal com o bem, como manda a palavra (Rm 12.21).
- Ensinemos que quando alguém não quer ser nosso amigo porque escolhemos a luz do evangelho, esta pessoa não quer nossa companhia, quer só mais alguém igual a ela. Que não se abata, há outras opções de amizade e se não houver, ele ou ela tem família!
- Ensinemos a eles que a família é prioridade e vivamos isso. Assim, quando o mundo os aborrecer eles terão um lugar onde podem se sentir acolhidos e seguros.

Oremos pelos nossos filhos! No início da semana conversei com uma mãe que enfrenta dificuldades dentro de sua própria família cristã. Ela e os filhos são sempre tratados com desprezo, por quererem viver o evangelho autêntico que vai além da aparência ou do título de cristão. Ela me contava tristemente que vê suas irmãs torcerem para que seus filhos errem, para que assim possam apontar-lhe o dedo! Ela não se intromete na vida de ninguém! Incomoda, segundo ela, por ter escolhido viver de forma diferente! Seus filhos sentem na face e choram a frieza da rejeição por serem ensinados a serem cristãos autênticos.
Se você, mamãe, fez essa opção pela verdade e tem sofrido,  continue firme e Deus lhe dará forças! Ás vezes aqueles que não aceitam nossa opção de fé querem ardilosamente nos acusar através de nossos filhos, também.
Meu desafio, quando meus filhos erram na frente de alguém que pode me reprovar por isso, é manter meu foco: não educo meus filhos para servirem de vitrine, eu os educo para que cresçam em estatura, graça e sabedoria para com Deus e com os homens. Ao seu tempo, virá o testemunho, creio eu. Em cada aspecto, há um tempo! Em cada filho, há um tempo!
Confesso que essa armadilha é sútil, mas não queira provar nada a ninguém a partir de seus filhos. Seja parceiro de Deus em ajuda-los a se achegarem a Cristo e corrigirem seu caráter, ao mesmo tempo que na maternidade Deus encontra espaço para corrigir o nosso.  Quando errarem, seja como João Batista aponte o erro com firmeza, mas não se restrinja a isso e apresente o Cordeiro de Deus cheio de amor e misericórdia que tira o pecado de quem se arrepende e põe na própria conta! Ele tem saldo positivo diante do Pai!!!
Os meus pais foram firmes na minha educação cristã e dos meus irmãos, isso nos deu forças para, entre erros e acertos, achar o caminho. Que Deus nos dê essa graça por nosso Senhor Jesus Cristo. 

Que os que virão após nós vejam em nós exemplo de fidelidade e firmeza, mesmo em nossa imperfeição! Compartilho com vocês uma música do John Mhor (um grande compositor) gravada  por Steve Green  e que me faz chorar sempre que penso em Beatriz e Benjamin e na minha responsabilidade de ser exemplo de fidelidade.

Confiram video aqui:


 A letra traduzida:

Nós somos peregrinos na jornada
Desta estrada estreita
E aqueles que já foram antes de nós pontilharam o caminho
Torcendo pelos fiéis, incentivando o cansado
Suas vidas  deram um testemunho da graça sustentadora de Deus

Cercados por tão grande nuvem de testemunhas
Vamos correr a corrida não só para o prêmio
Mas, como aqueles que já foram antes de nós
Deixemos para aqueles que estão nos seguindo 
A herança de fidelidade transmitida através de uma vida de piedade

REFRÃO:
Oh que todos os que seguem após nós encontrem em nós fidelidade
Que o fogo de nossa devoção ilumine seus caminhos
Que as pegadas que deixamos
Os levem  a acreditar
E a vida que vivemos os inspire a obedecer

Oh que todos os que vierem depois de nós nos achem fiéis!

Depois que todas as nossas esperanças e sonhos tenham sido realizados
E os nossos filhos filtrem tudo o que  deixamos para trás
Que as pistas que eles achem e as memórias que eles descobrirem de nossas vidas
Torne-se a luz que os guiará para a estrada que cada um de nós deve encontrar.


Um abraço!
Ana Cláudia






segunda-feira, 2 de junho de 2014

Refletindo sobre nosso papel!

Sabemos que a salvação é algo pessoal, só o Cordeiro de Deus tira o pecado do mundo. Mas é patente como o trabalho de uma mãe piedosa abre o caminho para que gerações conheçam a verdade da cruz.
Ela vai passando de uma geração para outra! Nosso trabalho não reflete apenas na geração presente! Comecemos a semana entendendo  isso. Você  está, inevitavelmente, influenciando vidas que sequer verá nascer! É a força da transmissão!  Sinta a importância e relevância do seu papel! Coragem mamãe!




Boa semana!