Páginas

domingo, 14 de maio de 2017

O melhor presente do dia das mães

Olá a todas,

Hoje eu gostaria de parabenizar cada mamãe querida que nos acompanha no blog. Queria ter um lindo vídeo e Uma homenagem bela, mas não tenho essa vocação a não ser com a ajuda dos universitários😄. Adicionalmente, está posto o fato de que eu estou sem meu quartel general, esperando a mudança de nossa família para Portugal (resumindo, a mamãe está sem casa). Todavia, tenho o que mais gosto ao escrever para o blog: minha Bíblia e a oportunidade de refletir (um momentinho silencioso).

Ao longo desses seis anos, quase sete, em que sou mãe, fui entendendo que cada vez mais quero menos celebração a mim e a minha maternagem. Aprecio os gestos de carinho dos meus filhos e marido.  No entanto, não acho que sou uma heroína. Não acho que mereço louvores e honras. Francamente, quero que meus filhos cresçam sendo gratos e aprecio o amor que recebo deles em forma de gratidão e tenho orado para que algum dia eu cresça no Senhor ao ponto de corrigi-los quando forem ingratos e não apreciarem meu trabalho, pelo caráter deles e para que aprendam a ser gratos, e não por necessidade de ser reconhecida. Essa é minha luta constante! Espero um dia ser assim...

Há duas razões, ou três talvez, pensando bem, que me fazem entender que tenho mais a agradecer que a ser alvo de gratidão. Há também inúmeras pessoas que realmente são exemplo de maternidade e com quem aprendo, seja lendo suas biografias ou assistindo seus exemplos cotidianamente . Quando vejo as provações que cercaram a vida dessas santas mulheres e a forma como pequenos obstáculos do caminho mostram minhas fragilidades, eu vejo o quanto ainda tenho a crescer em conhecer ao Senhor e dar lugar ao doce Espirito Santo. No entanto, a despeito de minhas fraquezas e debilidades, eu vou vendo o quanto Deus trabalha em mim através da maternidade e o quanto as tarefas designadas a nós mulheres pela palavra nos fazem crescer e apontam nossos pontos de fraqueza bem como nossos pecados.

Não é fácil ser mãe. Não porque seja uma tarefa complexa, mas por exigir a simplicidade que muitas vezes nos falta. É um chamado direto, sem rodeios e por isso muitas vezes nos deixa atonitas e perdidas. Ser mãe desnuda o nosso interior e nos exige agora o que normalmente deixaríamos para depois, ou deixaríamos passar despercebido. A maternidade aponta nossa falta de exemplo nesse ou naquele departamento, exige de nós o fruto do espirito e o crescimento vital da caminhada com Cristo, dentre tantas coisas. Há uma pergunta que eu escuto muito das pessoas que me conhecem a um bom tempo: se a maternidade me realizou. Elas perguntam se ser mãe foi tão bom quanto eu imaginava. Ser mãe, foi mais que o que eu queria. Ser mãe foi na minha vida o que eu precisava. Muitas vezes a maternidade foi o puxão de orelha de Deus, em outros foi o desafio de andar a próxima milhaem amor. Houve momentos em que ser mãe me fez sentir a benevolência divina, numa hora de doçura ou alegria, em outros me fez pensar: Como Deus pôde me dar essa tarefa? O que ele vê em mim que eu não vejo. Todos os dias ser mãe me acorda do velho erro de Eva: procurar a mim mesma  em outra fonte que nao a transbordante e  provar e sentir o gosto de querer me bastar e ser suficiente (nas palavras da serpente ser igual a Deus). Ser mãe me torna fragil e dependente, revelando a minha essência.

Às vezes eu acho engraçado as propagandas do comercio no dia que se comemora o dia das mães. Eu sinto que aquelas propagandas não falam de mim. Não sou a mulher que é o que quiser. Eu vivo numa luta constante para ser o que preciso! Não sou a mulher forte (que usa um determinado desodorante) que faz o que quer porque é forte. Sim , eu tenho que ser guerreira, mas não sou o que quero. Eu corro uma corrida, almejo um dia e naquele dia será meu dia das mães… Não porque ganhei uma bolsa, uma joia ou um par de sapatos, mas porque quero ouvir dAquele  a quem minha alma ama e anela: Serva boa e fiel! Aquele será o dia da minha recompensa, aquele será o dia dessa mamãe aqui e eu espero de coração poder dizer ao meu querido Mestre: Me destes esses talentos, e com a ajuda do teu doce Espirito, eu os multipliquei.

Não me leve a mal! Não estou falando contra o dia das mães. Só estou dizendo que as alegrias desse dia, são só um refrigério. Sabe um maratonista? Ele recebe copos de agua para se refrescar ao longo da sua jornada.Todavia, ele não para. Não se ilude porque alguém lhe deu água reconhecendo que ele se desgastou ao longo do caminho. O maratonista sabe que seu alvo é a medalha. Ele não para por aquele pequeno refrigério. Ele quer mais; normalmente, ele almeja o prêmio. O presente, os abraços, os elogios são bons, mas a linha de chegada é adiante. Não cheguei lá ainda!

Eu quero desejar a cada mamãe querida que cada dia de seu trabalho como mãe seja mais um dia de aperfeiçoamento na oficina do mestre. Que possamos correr com paciência a carreira que nos está proposta! Então, naquele dia descansaremos para sempre ao lado do amado mestre.
Em amor,
Ana Claudia

Nenhum comentário:

Postar um comentário